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quarta-feira, 19 de março de 2014

açucareira vs mineradora


.EXPLORAÇÃO DA CANA-DE-AÇÚCAR
AS PRIMEIRAS MUDAS DE CANA-DE-AÇÚCAR FORAM PLANTADAS EM 1553 NA CAPITANIA DE SÃO VICENTE. FORAM TRAZIDAS PELOS COLONOS QUE CHEGARAM COM MARTIM AFONSO DE SOUZA. EM POUCO TEMPO O AÇÚCAR PASSOU A SER A MAIS IMPORTANTE ATIVIDADE COMERCIAL DA COLÔNIA, SUPERANDO O A EXTRAÇÃO DE PAU-BRASIL.
Dentre os principais motivos para a escolha do açúcar estão as favoráveis condições naturais (o clima e o solo propícios); a experiência adquirida pelos portugueses com sua produção na ilha da Madeira e nos Açores; e os altos preços que o açúcar atingia no mercado europeu, afinal, era considerado uma especiaria de luxo.


.UNIÃO IBÉRICA
EM 1580, D. HENRIQUE, REI DE PORTUGAL, MORREU SEM DEIXAR HERDEIROS, O QUE GEROU UM INTENSO CONFLITO PELO TRONO VAGO. FILIPE II, REI ESPANHOL, SAIU-SE VENCEDOR APÓS INVADIR PORTUGAL, DANDO INÍCIO AO PERÍODO QUE FICOU CONHECIDO COMO UNIÃO IBÉRICA (ESPANHA E PORTUGAL LOCALIZAVAM-SE NA PENÍNSULA IBÉRICA) QUE DUROU ATÉ 1640.
A administração do Brasil permaneceu praticamente intacta, mas a independência da Holanda em 1581, que pertencia aos domínios espanhóis, trouxe sérias consequências para o país. Em represália, Filipe II decretou o Embargo Espanhol proibindo todas as suas colônias de negociar com os holandeses. Essa decisão afetou diretamente a produção açucareira, já que brasileiros e holandeses eram parceiros, os primeiros responsáveis pela produção, os últimos controlando o transporte, o refino e o comércio.
Para tentar reverter a situação, os holandeses fundaram, em 1621, a Companhia das Índias Ocidentais e organizaram a ocupação do nordeste brasileiro. Sua primeira incursão foi contra Salvador (BA) em 1624, mas fracassou graças à aliança de forças luso-brasileiras, espanholas e indígenas. Em 1628, para reaver o prejuízo da derrota, os holandeses assaltaram uma frota de navios espanhóis carregados de metais preciosos. Capitalizados, realizaram um novo ataque, dessa vez contra a capitania mais lucrativa da época, Pernambuco.
Após 5 anos de luta, os holandeses enviaram Maurício de Nassau, em 1637, para pacificar e governar o Brasil Holandês. Entre as principais características de seu governo podemos destacar o impulso econômico com a concessão de empréstimos aos senhores de engenho; a tolerância religiosa, mesmo com o incentivo e a expansão do calvinismo, declarado religião oficial na nova terra holandesa; a urbanização de Recife e a promoção da vida cultural, principalmente com a Missão Artística Holandesa. Desentendimentos entre Nassau e a Companhia das Índias Ocidentais levaram ao retorno do administrador à Holanda em 1644.
A saída de Nassau, a pressão da Cia das Índias Ocidentais por lucro e os esforços portugueses para recuperar suas terras – Portugal reconquistou sua independência em 1640 e passou a retomar o domínio de suas antigas possessões – formaram as condições necessárias para a Insurreição Pernambucana. Várias batalhas foram travadas entre 1645 e 1654 e culminaram com a rendição holandesa após a assinatura de vários acordos. O derradeiro, em 1699, acertou a retomada dos domínios portugueses no Nordeste brasileiro e na África mediante um pagamento de 63 toneladas de ouro.
Os 60 anos da União Ibérica provocaram uma crise econômica em Portugal. Diante dessa situação vários tratados foram assinados entre Portugal e Inglaterra, mas o que merece maior destaque é o Tratado de Methuen (também conhecido como Tratado dos Panos e Vinhos) assinado em 1703 e pelo qual Portugal se comprometia a adquirir tecidos ingleses e, em contrapartida, os ingleses comprariam vinhos portugueses. 
Outro fator gerador da crise foi a concorrência do açúcar antilhano. Os holandeses, após sua expulsão do Brasil, foram produzir açúcar em suas colônias nas Antilhas. Isso fez o preço do açúcar brasileiro ter uma queda de 50% nos mercados internacionais. Essa crise levou a um conflito em Pernambuco entre senhores de engenho e comerciantes, conhecido como Guerra dos Mascates.
.EXPLORAÇÃO DO OURO
COM A QUEDA VERTIGINOSA DO PREÇO DO AÇÚCAR, O GOVERNO PORTUGUÊS PASSOU A INCENTIVAR MAIS VEEMENTEMENTE A BUSCA POR OURO, ENCONTRADO APENAS NO FINAL DO SÉCULO XVII POR BANDEIRANTES PAULISTAS EM MINAS GERAIS.
A notícia da descoberta espalhou-se rapidamente, provocando um grande aumento populacional na região das minas. Junto com as pessoas começaram os conflitos, como a Guerra dos Emboabas. As crescentes disputas pelo ouro aceleraram a organização administrativa da região pelo governo português.

Administração das Minas
O principal órgão administrativo, criado em 1702, foi a Intendência das Minas, responsável pela cobrança de impostos; fiscalização da mineração e a distribuição de terras para a mineração.
Para combater o contrabando, o governo criou as Casas de Fundição, responsáveis por derreter o ouro, retirar o imposto devido à Coroa (o quinto – 20% do ouro encontrado), transformá-lo em barra e conceder o selo que garantia a legalidade do ouro. Quem fosse flagrado com ouro fora dessas determinações incorria em crime e podia sofrer severas punições. Parte da população, contrariada com essas medidas, promoveu a Revolta de Vila Rica em 1720. Já para controlar a extração de diamantes foi criada a Intendência das Minas em 1729.

A sociedade mineradora
Foi principalmente em função do ouro que, pela primeira vez na colônia, uma série de núcleos urbanos eram criados próximos uns dos outros. Minas Gerais se transformou num ótimo mercado consumidor com uma sociedade urbana onde, teoricamente, a mobilidade social era possível.
A ilusão do lucro fácil gerou grandes gastos desnecessários, aumentando a pobreza e incentivando a arte (Arcadismo). Houve muita discussão sobre a pobreza mineira.
Durante o século do ouro (1701-1800), a população colonial cresceu 11 vezes, passando de 300 mil habitantes para 3,25 milhões. A capital da colônia foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro em 1763 para facilitar o controle da região.
Crise
Na segunda metade do século XVIII a produção do ouro caiu brutalmente. Acreditando que a escassez do ouro se devia à negligência com o trabalho e ao contrabando, o governo aumentou o controle e a opressão. 
Em 1750, foi determinado que a soma total do quinto deveria atingir 100 arrobas (1 arroba equivale a 15 kg) de ouro por ano, os mineradores tiveram suas dívidas aumentadas. Em 1765 foi decretada a derrama: cobrança de todos os impostos atrasados, sem poupar ninguém.
Nos primeiros 70 anos do século XVIII o Brasil produziu mais ouro do que toda a América espanhola em 357 anos. Essa produção correspondeu a 50% de todo o ouro mundial entre os séculos XV e XVIII. Mas grande quantidade desse ouro transferiu-se para a Inglaterra, com quem Portugal tinha grande dívida e grandes negócios, além de comprar dos ingleses toda a tecnologia de que precisava, perdendo assim a oportunidade de se desenvolver.

Fonte:http://educacao.globo.com/historia/assunto/colonizacao-do-novo-mundo/economia-acucareira-e-mineradora.html

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