açucareira vs mineradora

.EXPLORAÇÃO DA CANA-DE-AÇÚCAR
AS
PRIMEIRAS MUDAS DE CANA-DE-AÇÚCAR FORAM PLANTADAS EM 1553 NA CAPITANIA DE SÃO
VICENTE. FORAM TRAZIDAS PELOS COLONOS QUE CHEGARAM COM MARTIM AFONSO DE SOUZA.
EM POUCO TEMPO O AÇÚCAR PASSOU A SER A MAIS IMPORTANTE ATIVIDADE COMERCIAL DA
COLÔNIA, SUPERANDO O A EXTRAÇÃO DE PAU-BRASIL.
Dentre os
principais motivos para a escolha do açúcar estão as favoráveis condições
naturais (o clima e o solo propícios); a experiência adquirida pelos
portugueses com sua produção na ilha da Madeira e nos Açores; e os altos preços
que o açúcar atingia no mercado europeu, afinal, era considerado uma especiaria
de luxo.
.UNIÃO
IBÉRICA
EM 1580,
D. HENRIQUE, REI DE PORTUGAL, MORREU SEM DEIXAR HERDEIROS, O QUE GEROU UM
INTENSO CONFLITO PELO TRONO VAGO. FILIPE II, REI ESPANHOL, SAIU-SE VENCEDOR
APÓS INVADIR PORTUGAL, DANDO INÍCIO AO PERÍODO QUE FICOU CONHECIDO COMO UNIÃO
IBÉRICA (ESPANHA E PORTUGAL LOCALIZAVAM-SE NA PENÍNSULA IBÉRICA) QUE DUROU ATÉ
1640.
A
administração do Brasil permaneceu praticamente intacta, mas a independência da
Holanda em 1581, que pertencia aos domínios espanhóis, trouxe sérias
consequências para o país. Em represália, Filipe II decretou o Embargo Espanhol
proibindo todas as suas colônias de negociar com os holandeses. Essa decisão
afetou diretamente a produção açucareira, já que brasileiros e holandeses eram
parceiros, os primeiros responsáveis pela produção, os últimos controlando o
transporte, o refino e o comércio.
Para
tentar reverter a situação, os holandeses fundaram, em 1621, a Companhia das
Índias Ocidentais e organizaram a ocupação do nordeste brasileiro. Sua primeira
incursão foi contra Salvador (BA) em 1624, mas fracassou graças à aliança de
forças luso-brasileiras, espanholas e indígenas. Em 1628, para reaver o
prejuízo da derrota, os holandeses assaltaram uma frota de navios espanhóis
carregados de metais preciosos. Capitalizados, realizaram um novo ataque, dessa
vez contra a capitania mais lucrativa da época, Pernambuco.
Após 5
anos de luta, os holandeses enviaram Maurício de Nassau, em 1637, para
pacificar e governar o Brasil Holandês. Entre as principais características de
seu governo podemos destacar o impulso econômico com a concessão de empréstimos
aos senhores de engenho; a tolerância religiosa, mesmo com o incentivo e a
expansão do calvinismo, declarado religião oficial na nova terra holandesa; a
urbanização de Recife e a promoção da vida cultural, principalmente com a
Missão Artística Holandesa. Desentendimentos entre Nassau e a Companhia das
Índias Ocidentais levaram ao retorno do administrador à Holanda em 1644.
A saída
de Nassau, a pressão da Cia das Índias Ocidentais por lucro e os esforços portugueses
para recuperar suas terras – Portugal reconquistou sua independência em 1640 e
passou a retomar o domínio de suas antigas possessões – formaram as condições
necessárias para a Insurreição Pernambucana. Várias batalhas foram travadas
entre 1645 e 1654 e culminaram com a rendição holandesa após a assinatura de
vários acordos. O derradeiro, em 1699, acertou a retomada dos domínios
portugueses no Nordeste brasileiro e na África mediante um pagamento de 63
toneladas de ouro.
Os 60
anos da União Ibérica provocaram uma crise econômica em Portugal. Diante dessa
situação vários tratados foram assinados entre Portugal e Inglaterra, mas o que
merece maior destaque é o Tratado de Methuen (também conhecido como Tratado dos
Panos e Vinhos) assinado em 1703 e pelo qual Portugal se comprometia a adquirir
tecidos ingleses e, em contrapartida, os ingleses comprariam vinhos
portugueses.
Outro fator gerador da crise foi a concorrência do
açúcar antilhano. Os holandeses, após sua expulsão do Brasil, foram produzir açúcar
em suas colônias nas Antilhas. Isso fez o preço do açúcar brasileiro ter uma
queda de 50% nos mercados internacionais. Essa crise levou a um conflito em
Pernambuco entre senhores de engenho e comerciantes, conhecido como Guerra dos
Mascates.
.EXPLORAÇÃO
DO OURO
COM A
QUEDA VERTIGINOSA DO PREÇO DO AÇÚCAR, O GOVERNO PORTUGUÊS PASSOU A INCENTIVAR
MAIS VEEMENTEMENTE A BUSCA POR OURO, ENCONTRADO APENAS NO FINAL DO SÉCULO XVII
POR BANDEIRANTES PAULISTAS EM MINAS GERAIS.
A notícia
da descoberta espalhou-se rapidamente, provocando um grande aumento
populacional na região das minas. Junto com as pessoas começaram os conflitos,
como a Guerra dos Emboabas. As crescentes disputas pelo ouro aceleraram a
organização administrativa da região pelo governo português.
Administração das Minas
O principal órgão administrativo, criado em 1702, foi a Intendência das Minas, responsável pela cobrança de impostos; fiscalização da mineração e a distribuição de terras para a mineração.
Administração das Minas
O principal órgão administrativo, criado em 1702, foi a Intendência das Minas, responsável pela cobrança de impostos; fiscalização da mineração e a distribuição de terras para a mineração.
Para
combater o contrabando, o governo criou as Casas de Fundição, responsáveis por
derreter o ouro, retirar o imposto devido à Coroa (o quinto – 20% do ouro
encontrado), transformá-lo em barra e conceder o selo que garantia a legalidade
do ouro. Quem fosse flagrado com ouro fora dessas determinações incorria em
crime e podia sofrer severas punições. Parte da população, contrariada com
essas medidas, promoveu a Revolta de Vila Rica em 1720. Já para controlar a
extração de diamantes foi criada a Intendência das Minas em 1729.
A sociedade mineradora
Foi principalmente em função do ouro que, pela primeira vez na colônia, uma série de núcleos urbanos eram criados próximos uns dos outros. Minas Gerais se transformou num ótimo mercado consumidor com uma sociedade urbana onde, teoricamente, a mobilidade social era possível.
A sociedade mineradora
Foi principalmente em função do ouro que, pela primeira vez na colônia, uma série de núcleos urbanos eram criados próximos uns dos outros. Minas Gerais se transformou num ótimo mercado consumidor com uma sociedade urbana onde, teoricamente, a mobilidade social era possível.
A ilusão
do lucro fácil gerou grandes gastos desnecessários, aumentando a pobreza e
incentivando a arte (Arcadismo). Houve muita
discussão sobre a pobreza mineira.
Durante o
século do ouro (1701-1800), a população colonial cresceu 11 vezes, passando de
300 mil habitantes para 3,25 milhões. A capital da colônia foi transferida de
Salvador para o Rio de Janeiro em 1763 para facilitar o controle da região.
Crise
Na segunda metade do século XVIII a produção do ouro caiu brutalmente. Acreditando que a escassez do ouro se devia à negligência com o trabalho e ao contrabando, o governo aumentou o controle e a opressão.
Na segunda metade do século XVIII a produção do ouro caiu brutalmente. Acreditando que a escassez do ouro se devia à negligência com o trabalho e ao contrabando, o governo aumentou o controle e a opressão.
Em 1750,
foi determinado que a soma total do quinto deveria atingir 100 arrobas (1
arroba equivale a 15 kg) de ouro por ano, os mineradores tiveram suas dívidas
aumentadas. Em 1765 foi decretada a derrama: cobrança de todos os impostos
atrasados, sem poupar ninguém.
Nos primeiros 70 anos do século XVIII o Brasil
produziu mais ouro do que toda a América espanhola em 357 anos. Essa produção
correspondeu a 50% de todo o ouro mundial entre os séculos XV e XVIII. Mas
grande quantidade desse ouro transferiu-se para a Inglaterra, com quem Portugal
tinha grande dívida e grandes negócios, além de comprar dos ingleses toda a
tecnologia de que precisava, perdendo assim a oportunidade de se desenvolver.
Fonte:http://educacao.globo.com/historia/assunto/colonizacao-do-novo-mundo/economia-acucareira-e-mineradora.html
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